Meros coadjuvantes: os homens de "Em Família"


Tá, quem acompanha a atual trama das nove já percebeu que as mulheres estão em alta, né?! Isso já nem é novidade em obras de Manoel Carlos, mas dessa vez o autor extrapolou e criou os tipos masculinos mais infantilizados e incompetentes que já teve em suas novelas. Digo, em suas novelas, pelo simples fato que Maria Adelaide Amaral é hors concours no quesito criar "homem banana" em novela. Vamos analisar o naipe de cada um (dos mais relevantes né, porque eu num recebo nada sou obrigado a escrever sobre 23099032483495898482 de personagens).

Laerte (Gabriel Braga Nunes): O que dizer de Laerte, né?! Banana, já vimos que não é. Talvez seja o único tipo que salva como homem com atitude (mesmo que insanas) e que corre atrás dos seus objetivos - nem que seja pra bancar o "pedófilo" e querer obrigar uma garota a passar seu número sem nem conhecer. Pois bem, ele também é o único que não leva o título de "mero coadjuvante", porque ele marcou presença nos primeiros capítulos, mais até que Helena (Bruna Marquezine/Júlia Lemmertz).


Virgílio (Humberto Martins): A magya de Virgílio acabou quando Humberto Martins entrou em cena. Porém, desde os primórdios, o personagem traz sinais de "bundão mor". Agora, ele volta a demonstrar esses sinais, quando resolve "esquecer" a história de Laerte! Ok, eu sei que sou rancoroso level HARD, mas gente, levar uma esporada (falei ES-PO-RA-DA, tá?!) na cara, quase morrer e ainda "perdoar" o responsável é altruísmo além da conta, é burrice mesmo! 


Fernando (Leonardo Medeiros): Marido da surtada da Juliana (Vanessa Gerbelli), ele tentou esbravejar, enforcar a mulher, mas acabou no limbo e foi viver da migalha dos parentes da esposa. Mas gente, ele num é advogado?! Porque não aluga um flat, uma edícula, o que for?! Afinal, em novela de Manoel Carlos, pobre nunca tem vez; logo, alguma fortuna guardada ele tem. Mas pra mim, ele não é banana apenas por viver encostado nos outros, sem buscar uma melhora pra isso. Ele é banana, porque deixou Juliana chegar onde chegou, se ele achava que ela precisava da adoção, porque não cedeu antes?! Levou a situação ao extremo e na hora de tentar ajudar a esposa, ele "cai fora". 


Cadu (Reynaldo Gianecchini): Maneco pesou a mão quando criou o tipo, que num faz nada, num trabalha, leva uma vida mansa e vive às custas da mulher. Ok, eu sustentaria fácil o Gianecchini (se ao menos eu me sustentasse né?!), mas a Clara (Giovanna Antonelli) tá fazendo papel de cafetina, sustentando macho nessa altura da vida. Cadu, inclusive, já brincou com a esposa dela se envolver com a fotógrafa; e na minha opinião é daqueles homens que não liga da relação homossexual da mulher, desde que ele esteja envolvido nela. #típico


André (Bruno Gissoni): Troféu "mala sem alça mor" da novela. Ele é daquele tipo, que criamos birra logo na primeira cena. Aliás, na primeira cena dele com sua mami poderosa. Ele olhando ela com preconceito e dizendo que ela não precisava ir no aeroporto! PELAMOR, né menino! Você num é mais ridículo, porque não te enviaram uma polo com gola levantada! Obrigado, de nada Jayme Monjardim! 


Felipe (Thiago Mendonça): O alcoólatra! E todo alcoólatra do Maneco é politicamente incorreto, mas assim, muuuuuuuuuuuuuuuito incorreto! Só salva Santana (Vera Holtz) e Renata (Bárbara Paz), porque amamos elas dando aloka! 


Ricardo (Herson Capri): Amamos a homenagem que Maneco fez a Susi Vieira, trazendo uma Branca (Ângela Vieira) arrogante, prepotente e que deseja a todas inimigas uma morte súbita! Agora, o que dizer de Ricardo, que rompe com a relação, mas ainda fica na casa da mulher?! Gente, esses homens têm Síndrome de Peter Pan, porque o que impede alguém de ir morar sozinho, de amadurecer de verdade?! MEU DEUS!


Leto (Ronny Kriwat): Ser abandonado pelo pai, com menos de um ano de idade. Passar vinte anos, sem se quer vê-lo nas redes sociais e ainda aceitá-lo de braços abertos, como fez Leto é pra poucos. Acho que nesse caso foi mesmo altruísmo, mas também um certo perdão. Porque Laerte mais uma vez foi o cuzão da novela e sumiu até pro filho! Mas nada faz de Leto menos "banana", mesmo que ainda não tenhamos visto muito do que ele vai aprontar nessa aventura inédita (voz de narrador da Sessão da Tarde). 


Jairo (Marcello Mello Jr.): Palmas para ele que aceita "vender" a própria filha e se joga na hidro da patroa! Depois dessas, sem mais!


Itamar (Nelson Baskerville): Pai de Laerte que só chora. Ok, chorar é humano e quem nunca chorou horrores, que atire a primeira pedra. Mas meu rancor com ele é a submissão com relação à mulher! Gente, ele aceitou como um cachorrinho tudo que ela lhe impôs! Ah, não sou obrigado! #NoCéuTemItamar #VáComDeusItamar #RIPItamar


Se continuar nesse nível, daqui a pouco pode colocar Caio Castro pra ser um personagem dessa novela. Porque de homem idiota e mané, Em Família tá cheio; um a mais, um a menos, nem faz diferença!