O triângulo amoroso totalmente errado.




No ar, em Amor à Vida, existe um triângulo amoroso que anda sendo bem discutido e questionado. Amarilys (Danielle Winits), Eron (Marcello Antony) e Niko (Thiago Fragoso) estão vivendo algo inusitado, porém pouco inovador, na teledramaturgia. Não é de hoje que existem triângulos amorosos em novela, onde um casal gay e acometido por uma aparição de mulher em forma de tentação. Mas dessa vez soou diferente, e antes de dar minha opinião - de noveleiro - sobre o assunto, peço que vejam esse vídeo que meu amigo Roberto A. me mandou esses dias:






Bom, tudo que ele disse é de suma importância e relata bem esse momento tenso, pelo qual está passando a novela das nove. Afinal, há tempos as novelas desse horário vêm inserindo homossexuais em suas tramas, como se fosse uma parcela ou uma cota dos personagens. Eles entram, saem e nada muda! Na novela Insensato Coração (2011), houve uma tentativa de retratar o cotidiano de um casal gay, mas foi frustrada, pois, segundo comentários, a emissora vetou essa intimidade (sendo que não era cogitado e tão "temido" beijo gay") dos dois. Agora, lhes questiono: Pra que ter casal gay, se eles parecem apenas bons amigos em cena?! Pois é, e só de estereótipos viveu Amor à Vida, com homossexuais caricatos, eles não conseguiram mudar em nada o pensamento da população, ou talvez mostrar de uma forma melhor que gays não são ETs, que não precisam ser vistos com outros olhos. Outra reportagem interessante sobre o assunto - que infelizmente perdi o link - dizia que a "sexualidade" de Eron só existiu com Amarilys, já que com Niko, o máximo de intimidade que teve foram abraços. E ainda questionava o seguinte: Se não pode com o namorado, com a amante pode? É, não vou dar nomes aos bois, pois não sei quem é o real culpado, mas de uma forma geral, a emissora deu um tiro no próprio pé.


Amor à Vida é de longe a novela com gays em papéis mais relevantes na trama, porém, esses homossexuais nunca estiveram tão assexuado assim. A exemplo disso, lhes falo de Félix (Mateus Solano) que durante sua trajetória na novela, ficou com o Anjinho (Lucas Malvacini) um número irrelevante de vezes. Sim, sei que se tratava de um relacionamento extraconjugal e não seria bem visto também ele sair traindo Edith a torto e direito. Mas a questão é, antes da história ir ao ar, se criou uma balbúrdia em torno do personagem, como o "primeiro vilão gay" de uma novela. Venhamos e convenhamos, de gay - caricato - só mesmo as mãozinhas nervosas e o jeito de andar. 
Sim, a teledramaturgia está longe de retratar um casal homossexual faça jus aos que vivem dessa maneira. Está claro que é por conta do grande público que acompanha tal programação, mais que isso, estes telespectadores são ecléticos demais. Mas acho que se for pra retratar algo, que seja utilizável de verossimilhança, que o faça de forma mais "credível" possível. Afinal, que triângulo amoroso é esse que o bissexual só se relaciona com a mulher, enquanto o NAMORADO dele serve apenas para conselhos, abraços e apelidos carinhosos?