Mini-flashback: A Próxima Vítima


13 de março de 1995, começava mais um clássico da teledramaturgia nacional, a trama policia A Próxima Vítima. Escrita por Sílvio de Abreu em mais de 200 capítulos, o telespectador ficou aprisionado na história e antes do término, virou assunto até no Jornal Nacional - como aconteceu com Avenida Brasil, no ano passado. Mais do que o clichê "quem matou?", outra pergunta permeava a história: "quem será a próxima vítima?". E toda essa história tinha como pano de fundo a riquíssima família Ferreto, dona de um frigorífico na cidade de São Paulo. Reveja a abertura e entre no clima dessa novela, que na minha opinião, é a melhor do autor. 




No Bixiga, mora a descendente de italianos característica, Ana (Susana Vieira). Ela é dona da Pizzaria da Mamma, é uma mulher batalhadora, que cria com toda garra os três filhos.


Sandrinho (André Gonçalves) é o filho mais velho. Responsável, estudante de direito, tem um relacionamento duvidoso com seu "melhor amigo". O segundo filho, Giulio (Eduardo Felipe) é o que tem mais do pai. Esportista, descolado e sensual, adora seduzir a todas.; estudante de Educação Física. 


A caçula é a espevitada Carina (Deborah Secco). Ela é temperamental como a mãe, vai desenvolver um romance turbulento com o vizinho. Conquistou a todos com seu bordão "socorro", que o autor já alegou ser o bordão de sua filha adolescente, na época da novela. O pai deles é o interesseiro Marcelo (José Wilker), que na verdade é apenas amante de Ana. Ele leva uma vida dupla, pois apesar de sempre amar a mãe dos meninos, ele se via na necessidade de manter o status e a fortuna. 


Tudo isso, ele adquiriu graças ao seu casamento com Francesca Ferreto (Teresa Rachel), mulher mais velha que ele. Ela era uma das quatro irmãs da família rica família dominadora da trama. Não media esforços pra conseguir o que ela queria. Só não era mais persuasiva do que sua irmã Filomena Ferreto (Aracy Balabanian), quem descobre o romance de anos de Marcelo e Ana, quando os dois resolvem passar uns dias na Itália. Ela lidera e comanda a família com mãos de ferro. 


É casada com Eliseo (Gianfrancesco Guarnieri), que se sente retraído diante da imponência da esposa. Mas sempre a amou, porém vive apagado na mansão sob os domínios das irmãs mão-de-ferro.


A outra irmã é a doce Carmela Ferreto (Yoná Magalhães), a mais humana das quatro, apesar de em muitas horas demonstrar seu lado mais ambicioso. 


Se tornou uma mulher ressentida por conta do abandono do marido Adalberto (Cecil Thiré), que na verdade foi expulso da mansão por Filomena, após descobrir que ele desviava dinheiro da família. 


Ele e Carmela são pais da maquiavélica, porém adorável Isabela Ferreto (Cláudia Ohana), a maior causadora da novela. A garota tinha o temperamento das tias, era dominadora e sem nenhum caráter. Era namorada de Diego (Marcos Frota), um homem rico e elegante, herdeiro de uma família de fazendeiros de São José do Rio Preto. Trabalha no frigorífico e se torna protegido de Filomena, que era muito amiga de seus pais. 


No dia do casamento de Isabela e Diego, ele flagra a mulher na cama com o tio Marcelo. E faz uma das cenas mais icônicas da trama, jogando a menina da escada em frente a toda a família. Mas não para por aí os vexames da garota do mal...


Por fim, a quarta das irmãs Ferreto é Romana (Rosamaria Murtinho), que vive na Itália e resolve voltar para o Brasil, depois de anos. Ela chega com seu suposto filho adotivo, mas que na verdade é seu amante mais jovem, o perigoso Bruno (Alexandre Borges). 


E é com Bruno que Isabela protagoniza mais uma cena antológica. Na realidade, ela está traindo Marcelo com o rapaz, quando é flagrada. Marcelo faz um escândalo diante da família e acaba esfaqueando a moça no rosto. 


Bruno acaba se envolvendo em um crime que não te relação com as mortes da novela, mas que deixa o telespectador em dúvida, já que só ao longo da trama é revelado. Ele dopa Romana e a joga na piscina da mansão. 


E não foi só a morte de Romana que desviou a atenção na trama, teve também a morte da secretária do frigorífico, Andréa (Vera Gimenez). A responsável foi Isabela, pois a secretária era sua cúmplice. Ela levou um tiro e a megera jogou seu carro com o corpo dentro da represa. 


Muito longe dali, no mesmo bairro de Ana, vive a família de Zé Bolacha (Lima Duarte), um caminhoneiro "requintado sem ter berço e culto sem ter estudos". Ele é gente boa, perdeu sua mulher misteriosamente em uma queda de cavalo em Itatiaia. 


É pai do verdureiro Juca (Tony Ramos), o eterno apaixonado por Ana. Ele nunca gostou de Marcelo, pois sempre desconfiou da índole do rapaz para com sua amada. Mas Ana nunca lhe deu muitas chances. 


Ele é pai Tonico (Selton Mello) e Yara (Georgiana Góes). A garota se sente pressionada pelo irmão, que se considera responsável pela garoto, sendo mais rigoroso com ela do que o próprio pai. Isso gera grandes intrigas entre pai e filho. Ele é o tal namorado de Carina, filha de Ana, com quem vive às turras, mas por quem tem um amor verdadeiro. 



Ainda na vizinhança, tem a famosa Quitéria Quarta-Feira (Vera Holtz), melhor amiga de Ana. Ela prostituta por opção e não faz drama disso, muito pelo contrário, vive alegremente e é uma das mais queridas da vizinhança. Ela teve um envolvimento com Zé Bolacha no passado, com quem termina a trama. 


Antes disso, ela se envolve com Ulisses (Otávio Augusto), o irmão mais velho de Ana. Quitéria chega ao ponto de resolver abandonar a vida de prostituta e se casar com ele. Porém, ele se torna mais uma vítima do serial killer e impede a felicidade dos dois. 


Zé Bolacha nesse meio tempo se envolve com a curiosa Irene (Viviane Pasmanter), a personagem que nos representou na trama. Ela estudava direito e passou a trama inteira investigando a tal história do assassino do Opala preto. Apesar da grande diferença de idade, ela e Zé vivem um romance verdadeiro e puro. Mas ela acaba se envolvendo com Diego, ex de Isabela Ferreto.


Assim como sua mãe, a elegante Helena (Natália do Valle) passa a viver um amor com o verdureiro Juca, que demora muito para vê-la com outros olhos, por amar Ana. Ela ganhou um apelido na história que virou bordão na época: bonitona do Morumbi. Helena era casada com o advogado Hélio (Francisco Cuoco), no começo da trama. Ela quer o divórcio, mas ele se torna irredutível em dar-lhe. Antes de uma das viagens dele, eles discutem a respeito disso, e antes de embarcar, Hélio morre envenenado na sala VIP do aeroporto. Mais uma vítima do assassino misterioso, que acaba aguçando ainda mais a curiosidade de Irene.


Tudo piora pra garota quando sua tia, Júlia Braga (Glória Menezes) também é vítima do psicopata. Ela sempre foi muito boa e compreensiva, vive ajudando jovens carentes. É quando conhece Arizinho (Patrick de Oliveira), o garoto abandonado que ao final da história, todos descobrem ser filho de Zé Bolacha, que nunca soube da existência do menino. Outro problema dessa família, é o filho de Helena e Hélio, Lucas (Pedro Vasconcelos). O jovem vive em uma clínica de reabilitação para viciados em drogas, é colocado lá depois de se envolver com marginais, levando à quase morte. Depois que sai da clínica, praticamente curado, ele se apaixona por Yara, a filha de Juca. E com esse amor ele acaba se recuperando mais ainda, através dos carinhos da moça.


E a jovem Irene está rodeada de amigos da faculdade de direito. Um deles é Adriano (Lugui Palhares), jovem interessado em arte e cultura, ele conhece Carmela Ferreto, por quem tem verdadeira adoração. O romance dos dois acontece de forma pura, sem nenhum interesse do rapaz. Mas isso causa a revolta de Isabela e Adalberto, que não aceitam a felicidade de Carmela ao lado de um rapaz mais jovem. 


O outro amigo de Irene é Jeferson (Lui Mendes), filho do meio da família de uma família de classe média. Ele é o melhor amigo de Sandrinho, filho de Ana. Na verdade, ao longo da trama, todos descobrem que os dois têm um caso, são namorados. A história causou furor na época, por vários motivos, desde descriminação sexual, até preconceito racial, por conta de Jeferson ser negro e Sandrinho branco. 


Jeferson era filho de Cléber (Antônio Pitanga), um contador íntegro e honesto. Ele trabalha para várias empresas, menos para o frigorífico Ferreto, que causa estranheza em seus filhos.


A única pessoa que sabe a verdade a respeito dessa história é sua esposa, Fátima (Zezé Motta). Ela era secretária executiva e largou tudo quando os filhos nasceram, para cuidar das crianças. Depois que eles crescem ela contrata uma empregada e volta ao trabalho. Ela tem grande adoração pela filha Patrícia (Camila Pitanga), a filha caçula. Patrícia é a melhor amiga de Carina e seu maior sonho é ser modelo.


Quando conhece Cláudio Ramos (Roberto Bataglin), ela se apaixona pelo rapaz, que promete torná-la uma grande modelo. Mas o rapaz não é benquisto na família da moça, por ser branco. Com tal assunto, o autor debateu a questão do preconceito racial com outros olhos. Além de a família negra retratada na história ter posses, eles eram os preconceituosos na trama. 


Pra finalizar os filhos, tinha o mais velho, Sidney (Norton Nascimento). Dedicado e sistemático, ele namora a caixa de banco, Rosângela (Isabel Filardis), mas se apaixona por Yara, a filha de Juca. E disputando o amor da moça com Lucas, ele acaba voltando com a ex para o deleite da família. 


Por fim, tem o investigador que teve papel crucial na trama, por conta dos assassinatos. Olavo (Paulo Betti) tem de lidar com as intromissões de Irene, mas mesmo assim ele vê na moça um grande potencial para a investigação criminal. Ele é o responsável pela resolução do caso do assassino do Opala preto. Tem uma filha, que acaba se envolvendo com Giulio, filho de Ana. 


Curiosidades: Foi cogitada uma transmissão ao vivo do último capítulo, por conta do assédio da mídia para descobrir o verdadeiro assassino da história. Mas graças a uma lista de capítulos falsos, conseguiram desviar as atenções. A atriz Cláudia Raia recebeu telefonema de Sílvio de Abreu, para uma participação no último capítulo, que causou mais curiosidade da imprensa. A personagem aparece na última cena, do casamento de Irene e Diego, misteriosa, ela seduz o investigador Olavo. Minutos depois, ela é assassinada, dando um final curioso à trama. Segundo Sílvio de Abreu, ele mantinha trancafiada a verdadeira sinopse da história com o nome do assassino desde antes da estreia, nem mesmo Boni, vice-presidente da Rede Globo na época, sabia de tal sinopse. André Gonçalves foi espancado na rua por conta de seu personagem homossexual. O papel de Lima Duarte foi criado exclusivamente para o ator e inspirado em um tio do autor, que alegou que se Lima não aceitasse o papel, não existiria na trama. E se a Rede Globo tem poupado com as externas de Amor à Vida em São Paulo, com A Próxima Vítima foi bem diferente, onde várias cenas externas eram gravadas, um verdadeiro hino de amor à cidade, que já tinha grande foco na abertura. Outro desfecho foi criado para o assassino, por conta do mercado exterior. Tal desfecho foi exibido aqui no Vale a Pena Ver de Novo, em 2000, cujo assassino é Ulisses, irmão de Ana. Confira agora o desfecho original do verdadeiro assassino.Voltará a ser transmitida pelo Canal Viva a partir do dia 09 de setembro. 

O fim do mistério: 

1968. Uma festa no iate para comemorar o ano novo chinês. A noite perfeita para um crime perfeito... Ou não! O anfitrião Gigio di Angelis (Carlos Eduardo Dolabela), marido de Francesca Ferreto, foi assassinado dentro da própria cabine, dormindo. E o assassino, só revelado no último capítulo, era o amante de Francesca; não o Marcelo, que viria a se casar com ela anos depois, mas Adalberto, que viria a se tornar seu cunhado. Sim, ele sempre foi apaixonado por Francesca e atendendo o pedido da mulher, ele assassina seu marido, acreditando que ela ficaria com ele. Mas foi enganado por ela, que acabou preferindo Marcelo. 
As mortes que ocorreram ao longo da trama era nada mais do que queima de arquivos. As sete vítimas eram as sete testemunhas do crime, que sabiam que se tratava do amante de Francesca. Mas a megera, pensou rápido e deu uma fortuna para cada um, para que mentissem que o assassino era Ulisses, o contador do frigorífico da família Ferreto. O rapaz acaba se suicidando dentro da cadeia, gerando remorso nas testemunhas. Já casado com Carmela Ferreto, Adalberto some do mapa, quando Filomena descobre que ele desviou dinheiro da família. Anos depois ele retorna, porque Eliseo descobre toda a verdade e começa a mandar-lhe cartas anônimas. Receoso de quem seja a tal pessoa que lhe envia as cartas, ele sai em busca das testemunhas, mantando-as uma a uma com o intuito de retirar todas as provas contra ele. No fim, Adalberto descobre que Bruno foi o responsável pela morte de Romana Ferreto, e começa a chantagear o rapaz para descobrir quem mandava as cartas, chegando até Eliseo e o matando. Adalberto usou uma lista seguindo o horóscopo chinês para matar as vítimas. A esposa de Zé Bolacha, que foi uma das testemunhas e vítimas de Adalberto, tinha lhe falado sobre a tal lista, que ele tinha em mãos, mas só foi revelado no último capítulo.

As vítimas e as mortes ousadas:

Paulo Soares (Reginaldo Faria)


Ele recebe um telefonema, que lhe diria a respeito do tal lista do horóscopo chinês, porém é atropelado antes mesmo de receber a notícia. O tal Opala preto então em cena nesse momento e se torna alvo dos policias - e pânico das crianças da época, inclusive eu. Seu nome verdadeiro era Arnaldo, era o condutor do iate na noite do crime. 

Hélio Ribeiro 


Advogado e amigo de Gigio, encontra com Francesca no aeroporto. Os dois seguem para a área VIP, onde o rapaz acaba sendo envenenado por um whisky. Mesmo momento que Francesca aproveita para forjar a própria morte e tentar sair do alvo do assassino. 

Josias da Silva (José Augusto Branco)

O garçom mais antigo da Pizzaria Da Mamma, também sua profissão no iate, naquela fatídica noite. Ele é misteriosamente empurrado no trilho do trem.

Júlia Braga 


Na época da festa do iate, Júlia era namorada de Hélio. Futuramente, ela se torna sua cunhado, já que ele se casou com Helena, sua irmã. Ela recebe a misteriosa lista do horóscopo chinês, e descobre que, além de Hélio, Josias e Paulo - já descoberto que era o antigo Arnaldo -, haviam morrido. Com isso, deduz que sua hora chegaria, tenta fugir para Paris, mas a caminho do aeroporto é assassinada com um tiro, dentro do próprio carro. 

Dona Yvete (Liana Duval)


Fingindo para a filha Quitéria que tinha ficado muda e paralítica, ela faz isso apenas com o propósito de desviar o foco do assassino. Mas foi em vão, e numa noite ela leva uma coronhada e sucumbe. Ela era cozinheira no iate. 

Cléber Noronha


Além de Josias, Cléber também era garçom na noite do crime. Mesmo sendo um contador íntegro e honesto, ele aceitou a grana no passado que lhe serviu de trampolim para a vida que levava ao lado da família. Ele chegou a confiar em sua esposa esse segredo, pois passa a ficar apreensivo com as mortes ocorridas. Decide passar uma temporada no Rio de Janeiro, mas também é tarde. Durante a descida do elevador, ele é empurrado no poço. 

Ulisses


Sempre desaparecendo de formas estranhas de perto de sua irmã, Ana, parecia que escondia algo de todos. Outro garçom da festa e não foi uma simples vítima, ele era cúmplice de Adalberto. Tanto que no dia do assassinato de Hélio, ele era o garçom que serviu o gelo da bebida, provavelmente envenenado. Mas isso não poupou a morte do homem, que acabou morrendo durante uma estranha explosão do depósito da Pizzaria da irmã. A verdade é que mesmo depois de todas as seis mortes e crendo que Francesca também tinha morrido, ele só tinha uma justificativa para as cartas, seu cúmplice. Com isso, matou Ulisses na tentativa de eliminar o, que ele acreditava, último das testemunhas. 

Eliseo Ferreto


O verdadeiro mandante das cartas, marido de Filomena. Ele não estava presente na festa, mas observou tudo de seu hotel, já que a noiva não quis ir por conta de uma enxaqueca. De lá ele viu Francesca acenando com a echarpe, como sinal, para Adalberto chegar no iate e matar Gigio. Depois de descoberto, com a ajuda de Bruno, ele morre asfixiado por monóxido de carbono na garagem de mansão.

Trilha Sonora: A trama apresentou uma das melhores trilhas sonoras da época, com grandes sucessos nacionais como "Catedral", "Pareço um menino", "Pacato Cidadão" e "Vítima", música de abertura na voz de Rita Lee, que fazia alusão ao frio da cidade de São Paulo e ao filme Janela Indiscreta, de Alfred Hitchcock. Dentre os sucessos internacionais, tem "No more' I love you's'", "Black Roses" e "I live my life for you". Confira

  1. "Quem é Você" - Simone (tema de Carmela)
  2. "Sereia" - Lulu Santos (tema de Carina)
  3. "Pacato Cidadão" - Skank (tema de Tonico)
  4. "Trilhas (Traces)" - Guilherme Arantes (tema de Helena)
  5. "Happy Hour" - Eduardo Dusek (tema de Patrícia)
  6. "Aliás" - Djavan (tema de Marcelo)
  7. "Vítima" - Rita Lee & Roberto de Carvalho (tema de abertura)
  8. "Pareço Um Menino" - Fábio Jr. (tema de Zé Bolacha)
  9. "Aleluie-me, Baby" - Bad Girls (tema de Isabela)
  10. "Catedral (Cathedral Song)" - Zélia Duncan (tema de Irene)
  11. "Alguém Que Olhe Por Mim (Someone To Watch Over Me)" - Cauby Peixoto (part. esp. Gal Costa) (tema de Sidney)
  12. "Io Che Amo Solo a Te" - Sergio Endrigo (tema de Ana)
  13. "Estação São Paulo" - Adriana Ribeiro (part. esp. Demônios da Garoa) (tema de locução:São Paulo)
  14. "E Lucevan Le Stelle" - Fernando Portari (tema de Juca)


  1. "Black Roses" - Inner Circle (tema de Irene)
  2. "I Live My Life for You" - FireHouse (tema de Ana)
  3. "Be My Lover (Radio Edit)" - La Bouche (tema de locução:São Paulo)
  4. "I Got a Name" - Jim Croce (tema de Zé Bolacha)
  5. "More Than a Woman" - Flava To Da Bone (tema de Isabela)
  6. "Bizarre Love Triangle" - Frente! (tema de Carmela)
  7. "No More I Love You's" - Annie Lennox (tema de Helena)
  8. "Let's Stay Together" - Bobby Ross Avila (tema de Patrícia)
  9. "Holding On To You" - Terence Trent D'Arby (tema de Bruno)
  10. "Around The World" - East 17 (tema de Carina e Tonico)
  11. "That's The Way" - Double You (tema de locução: boates - São Paulo)
  12. "Independent Love Song" - Scarlet (tema de Sidney)
  13. "Tough Girl" - Martine (tema de Teca e Marco)
  14. "Fotonovela" - Alexis San Nicolas (tema de locução:boate de Quitéria)